Parte II
Mas na atual ordem de coisas não lhe bastam simplesmente, as duas essências salváveis (pneuma e alma racional). Além de assumir as primícias das duas igrejas chamadas à salvação, o Logos deve aparecer entre os homens, anunciar-lhes sua doutrina, morrer nas mãos deles. Para tal fim a "encarnação" ou parusia entre os homens carnais.”
Talvez as respostas mais profundas e arquetípicas sobre a questão das genealogias de Jesus, pode ser encontrada na tradição Hermética Cristã, que analisa o fato através do simbolismo da espiral histórica, bem nos moldes da teologia egípcia que é revelada através das setenta e oito cartas do Tarô (22 cartas dos Arcanos Maiores, que tem uma estreita relação com as 22 letras do alfabeto Hebraico, e 56 cartas dos Arcanos Menores, que expressam os resultados e as formas das idéias, contidos no primeiro conjunto). Vale a pena lembrar que a história de Jesus é muito semelhante em sua narrativa a de Hórus (filho do sol) e Osíris, além do mais, sabemos que os Evangelhos foram reunidos pelo Bispo Atanásio em Alexandria, no Egito, o principal berço intelectual e filosófico da época. Confira a análise segundo o hermetismo cristão: “Outro exemplo do simbolismo da espiral, enquanto arcano do crescimento, é a preparação da vinda de Cristo na história. O Evangelho segundo Mateus faz dela uma espécie de genealogia de Jesus, resumida numa única frase:
"De Abraão até Davi?, quatorze gerações; de Davi? até o exílio na Babilônia, catorze gerações; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze gerações (Mt 1,17).
Eis aí a espiral da história da preparação da vinda de Cristo, espiral de três círculos ou "passos", cada um de catorze gerações. O primeiro círculo ou "passo" da espiral é aquele no qual a tríplice impressão dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó — impressão do alto, correspondente ao sacramento do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo — tornou possível a revelação e a aliança do monte Sinai e chegou ao estado em que a Lei se tornou alma numa pessoa humana, a de Davi?. Porque foi em Davi? que os mandamentos e as ordenações da Lei revelada "com trovões, relâmpagos e uma espessa nuvem sobre a montanha . . . ao povo amedrontado", se interiorizaram ao ponto de se tornarem amor e consciência, coisas do coração atraído pela verdade e beleza deles. Em Davi? a Lei se tornou alma: por isso, também as suas transgressões deram lugar, na alma, a uma força nova, a penitência interior.
O primeiro "passo" da espiral, as catorze gerações de Abraão até Davi?, corresponde, pois, ao processo de interiorização, que se verificou desde o sacramento do batismo (os três patriarcas), passando pelo sacramento da confirmação (a Aliança no deserto do Sinai), até o sacramento da penitência.
O segundo círculo ou "passo" da espiral, as catorze gerações de Davi? até a deportação para Babilônia, é a escola de Davi?, a escola da penitência interior, a qual alcançou seu fim exterior, a expiação, a deportação para Babilônia.
O terceiro círculo ou "passo" da espiral, as catorze gerações da deportação em Babilônia até Cristo [e aqui corrige-se um erro de aritmética que pôe em cheque a conta 14 + 14 + 14, visto que na realidade em Mateus temos 14 + 14 + 13 gerações; a solução foi encontrada com a ajuda vital do Rosh Marcos Andrade Abrão, vide o vídeo pedagógico deste Mestre bnei anussim:
Mas na atual ordem de coisas não lhe bastam simplesmente, as duas essências salváveis (pneuma e alma racional). Além de assumir as primícias das duas igrejas chamadas à salvação, o Logos deve aparecer entre os homens, anunciar-lhes sua doutrina, morrer nas mãos deles. Para tal fim a "encarnação" ou parusia entre os homens carnais.”
Talvez as respostas mais profundas e arquetípicas sobre a questão das genealogias de Jesus, pode ser encontrada na tradição Hermética Cristã, que analisa o fato através do simbolismo da espiral histórica, bem nos moldes da teologia egípcia que é revelada através das setenta e oito cartas do Tarô (22 cartas dos Arcanos Maiores, que tem uma estreita relação com as 22 letras do alfabeto Hebraico, e 56 cartas dos Arcanos Menores, que expressam os resultados e as formas das idéias, contidos no primeiro conjunto). Vale a pena lembrar que a história de Jesus é muito semelhante em sua narrativa a de Hórus (filho do sol) e Osíris, além do mais, sabemos que os Evangelhos foram reunidos pelo Bispo Atanásio em Alexandria, no Egito, o principal berço intelectual e filosófico da época. Confira a análise segundo o hermetismo cristão: “Outro exemplo do simbolismo da espiral, enquanto arcano do crescimento, é a preparação da vinda de Cristo na história. O Evangelho segundo Mateus faz dela uma espécie de genealogia de Jesus, resumida numa única frase:
"De Abraão até Davi?, quatorze gerações; de Davi? até o exílio na Babilônia, catorze gerações; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze gerações (Mt 1,17).
Eis aí a espiral da história da preparação da vinda de Cristo, espiral de três círculos ou "passos", cada um de catorze gerações. O primeiro círculo ou "passo" da espiral é aquele no qual a tríplice impressão dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó — impressão do alto, correspondente ao sacramento do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo — tornou possível a revelação e a aliança do monte Sinai e chegou ao estado em que a Lei se tornou alma numa pessoa humana, a de Davi?. Porque foi em Davi? que os mandamentos e as ordenações da Lei revelada "com trovões, relâmpagos e uma espessa nuvem sobre a montanha . . . ao povo amedrontado", se interiorizaram ao ponto de se tornarem amor e consciência, coisas do coração atraído pela verdade e beleza deles. Em Davi? a Lei se tornou alma: por isso, também as suas transgressões deram lugar, na alma, a uma força nova, a penitência interior.
O primeiro "passo" da espiral, as catorze gerações de Abraão até Davi?, corresponde, pois, ao processo de interiorização,
O segundo círculo ou "passo" da espiral, as catorze gerações de Davi? até a deportação para Babilônia, é a escola de Davi?, a escola da penitência interior, a qual alcançou seu fim exterior, a expiação, a deportação para Babilônia.
O terceiro círculo ou "passo" da espiral, as catorze gerações da deportação em Babilônia até Cristo [e aqui corrige-se um erro de aritmética que pôe em cheque a conta 14 + 14 + 14, visto que na realidade em Mateus temos 14 + 14 + 13 gerações; a solução foi encontrada com a ajuda vital do Rosh Marcos Andrade Abrão, vide o vídeo pedagógico deste Mestre bnei anussim:
[# 1 - Yossef Pai de Miriam (Maria), Genealogia de Yeshu ], corresponde ao que se passa espiritualmente entre o último ato do sacramento da penitência — a absolvição — e o sacramento da Sagrada Comunhão ou Eucaristia, o da presença e recepção de Cristo.”
Através deste pequeno estudo percebemos o quanto é profundo e complexo fazer uma análise das genealogias de Jesus Cristo, montrando-nos que elas não estão ali pelo simples fato de estar relatando uma historicidade, ou apenas como uma recordação bibliográfica do Antigo Testamento e suas origens na forma de promessa e cumprimento. Sua complexidade vai muito além, transcende toda sistemática teológica tradicional, nos leva a um estágio mais elevado, revelando-nos que toda a trajetória é ao mesmo tempo individual e coletiva, ou seja, a elevação a um estado de consciência superior (iluminação), é fruto da experiência individual ao longo desta jornada histórica, e a manifestação dessa realização acontece e é reconhecida coletivamente, visto que é preciso que todos os seres humanos despertem primeiro, pois senão, não será possível reconhecer a Glória de Deus.
[1] ABADE STEPHANE. Nada publicou em vida embora muito tenha escrito e refletido, tendo por base, a partir de um certo momento sua profunda leitura de René Guénon. Graças a Jean Borella e François Chenique, foram publicados dois volumes de coletâneas de seus ensaios, "Introduction à l'ésotérisme chrétien" - Dervy-Livres, onde se pode admirar sua apropriação do pensamento de Guénon em termos cristãos.
[2] ROBERTO PLA. Pensador tradicionalista com trabalhos de grande profundida como sua tradução do Tratado da Unidade, atribuído a Ibn Arabi ou a sua escola, e a notável exegese do Evangelho de Tomé que utilizamos em nossa seção "Biblioteca de Nag Hammadi". A beleza da hermenêutica praticada por Roberto Pla, deste evangelho, está na abordagem tradicional de se valer do Novo Testamento ele mesmo, como "chave" para "re-velar" o Cristo e seu ensinamento.
[3] ANTONIO ORBE é um dos mais conceituados estudiosos do gnosticismo dentro da Igreja Católica, tendo se notabilizado por seus “Estudos Valentinianos”, hoje em dia difíceis de se encontrar. Suas obras servem de referência a todos aqueles que desejam se aprofundar de modo sério na tradição dos gnósticos e da própria tradição cristã dos primeiros séculos do cristianismo.
Bibliografia:
Cristologia gnostica: Introduccion a la soteriologia de los siglos II y III (Biblioteca de autores cristianos; 384-385 : 2, Autores contemporaneos) (Spanish Edition)
Abbé Henri Stéphane, Introduction à l’ésotérisme chrétien II ; « De l’ésotérisme chrétien », Edition Dervy.
http:// www.sophia.bem-v indo.net/ tiki-index.php?p age=Genealogia% 20de%20Jesus%20 Cristo
http:// pt.wikipedia.org /wiki/Tarot
Postado por Kadu Santoro
Através deste pequeno estudo percebemos o quanto é profundo e complexo fazer uma análise das genealogias de Jesus Cristo, montrando-nos que elas não estão ali pelo simples fato de estar relatando uma historicidade, ou apenas como uma recordação bibliográfica do Antigo Testamento e suas origens na forma de promessa e cumprimento. Sua complexidade vai muito além, transcende toda sistemática teológica tradicional, nos leva a um estágio mais elevado, revelando-nos que toda a trajetória é ao mesmo tempo individual e coletiva, ou seja, a elevação a um estado de consciência superior (iluminação), é fruto da experiência individual ao longo desta jornada histórica, e a manifestação dessa realização acontece e é reconhecida coletivamente, visto que é preciso que todos os seres humanos despertem primeiro, pois senão, não será possível reconhecer a Glória de Deus.
[1] ABADE STEPHANE. Nada publicou em vida embora muito tenha escrito e refletido, tendo por base, a partir de um certo momento sua profunda leitura de René Guénon. Graças a Jean Borella e François Chenique, foram publicados dois volumes de coletâneas de seus ensaios, "Introduction à l'ésotérisme chrétien" - Dervy-Livres, onde se pode admirar sua apropriação do pensamento de Guénon em termos cristãos.
[2] ROBERTO PLA. Pensador tradicionalista
[3] ANTONIO ORBE é um dos mais conceituados estudiosos do gnosticismo dentro da Igreja Católica, tendo se notabilizado por seus “Estudos Valentinianos”,
Bibliografia:
Cristologia gnostica: Introduccion a la soteriologia de los siglos II y III (Biblioteca de autores cristianos; 384-385 : 2, Autores contemporaneos)
Abbé Henri Stéphane, Introduction à l’ésotérisme chrétien II ; « De l’ésotérisme chrétien », Edition Dervy.
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Postado por Kadu Santoro
Gostas disto.
Magalhães Luís
E a parte I não autorizam???!
E a parte I não autorizam???!
Eduardo Medeiros de Jesus
Cada corrente de pensamento tem sua "tradução correta" do NT...rsss
Cada corrente de pensamento tem sua "tradução correta" do NT...rsss
Julio Silva
KKKKKKKKKKKKKKK KKK é VERDADE Eduardo Medeiros de Jesus
KKKKKKKKKKKKKKK
Eduardo Medeiros de Jesus
Eu só aceito uma tradução "correta" se for feita por não religiosos, pois assim, seria mais imparcial. Fora disso, a parcialidade acarreta outros problemas...
Eu só aceito uma tradução "correta" se for feita por não religiosos, pois assim, seria mais imparcial. Fora disso, a parcialidade acarreta outros problemas...
Julio Silva
TEM UMA tradução de um espírita mas esqueci o nome dele e que parece ser boa eu não a conheço bem, mas pode ser boa.
TEM UMA tradução de um espírita mas esqueci o nome dele e que parece ser boa eu não a conheço bem, mas pode ser boa.
Magalhães Luís
Se se contar as gerações do exílio da Babilónia ate Yeshu dá 13 gerações e nas Bíblias do mercado livreiro científico diz que são 14.
Os judeus messiânicos e os denominados Judeus da Unidade do Rosh Marcos Andrade Abrão informam que no lugar do marido de Miriam (verso 16 de Mateus cap. 1) deve ler-se que Yosef é o pai de Miriam para poder dar certo as 14 gerações; vou colocar aqui a citação:
Matitiyahu 1: 16-17 » Versão Peshita» [...]
16 e a Ya'akov nasceu Yossef, pai de Miriyam, da qual nasceu Yeshua, que é chamado o Mashiach.
17 De modo que todas as gerações, desde Avraham até David, são catorze gerações; e desde David até a deportação para Bavel, catorze gerações; e desde a deportação para Bavel até ao Mashiach, catorze gerações.